O guitarrista, compositor e cantor paulistano Fernando Deluqui já está há quase 20 anos na estrada. Apaixonado desde a infância por música e mar (pratica surf até hoje), Deluqui ainda no ginásio formou a banda Proveta Negra, cuja maior influência eram as imagens de Jimi Hendrix queimando sua guitarra em Monterrey.

Tempos depois, em meados dos 80, quando liderava o grupo new wave Ignoze, foi apresentado por seu amigo Nasi (ele mesmo, o vocalista do Ira!) a Mae East, a bela e loiríssima cantora que acabara de sair do cultuado Gang 90 de Júlio Barroso. Mae convidou Deluqui para integrar a sua banda e é aqui que a vida do nosso herói toma um novo rumo.

Na banda que acompanhava a cantora, o guitarrista Deluqui tinha como parceiro o tecladista Luis Schiavon que por seu lado tinha um amigo, cantor e boa pinta, chamado Paulo Ricardo. Já viu no que vai dar, né ? Claro, pouco depois estes três se juntavam e nascia o RPM. Como todos sabem, o RPM foi em seu auge, entre 1984 e 1987, um dos grupos mais populares surgidos no Brasil nos últimos 25 anos, chegando a vender incríveis 3 milhões de cópias do LP Rádio Pirata ao Vivo.

Em meio a todo este sucesso, as loucuras típicas do rock, incluindo brigas, ciúmes, inveja e desunião dentro do grupo. Bem ou mal, terminando e recomeçando com formações diferentes (quase sempre com Paulo Ricardo e Fernando Deluqui), o RPM sobreviveu até 1993. Encerrando a fase RPM, Deluqui seria convidado por Humberto Gessinger para assumir a guitarra dos Engenheiros do Hawaii em 1995. “Foi legal, excursionamos e gravamos com sucesso, mas eu estava infeliz. Eu precisava tocar minhas músicas, cantar e falar as coisas que queria. Fazer, enfim, as coisas do meu jeito“.

Para recomeçar a carreira, Fernando Deluqui precisou dar um tempo, parar “com tudo”, como diz, para voltar renovado, mais forte, inteiro. “Sai dos Engenheiros, abandonei a estrada e me isolei no estúdio para gravar o que viria a ser meu primeiro disco solo. Entre 1996 e 2000, trabalhei muito para melhor me expressar como artista, me aperfeiçoando como músico e cantor para que esta carreira solo seja conseqüente, reflita o que sinto e o que penso”, afirma Fernando Deluqui.

No final de 2000, Deluqui colocou nas ruas o CD independente que leva o seu nome: 13 faixas em que se divide entre guitarras, baixo, teclados, programação de samplers e baterias, percussão e voz,


além de assinar todas as músicas, algumas em parcerias com Péricles Cavalcanti, Fernando Zarif, Ciro Pessoa e Virgínia Carvalho, sua mulher, “uma das razões, também, de minha vida e carreira estarem indo para frente“, se derrama o artista.


Em 2002 aposta na volta de sua grande banda, RPM e conquista CD e DVD de platina. Apesar do súbito fim da banda, Deluqui se une a Schiavon, seu parceiro no RPM e Lazzarotto, aparecendo como cantor e compositor emplacando o tema de abertura da novela Cabocla da Rede Globo, mostrando que manda muito bem nos vocais.

Em 2005 Deluqui apresenta semanalmente o espetacular show 80´s Delux, com apoio da Kiss FM, um projeto idealizado pelo músico que ficou 7 meses em cartaz no Coppola Music, São Paulo. Durante esta bem sucedida temporada, o público pode conferir performances incendiárias e releituras bem cuidadas do pop/rock nacional e internacional da década de 80, além de várias participações de artistas convidados.

Em 2007 o irrequieto artista Fernando Deluqui criou nova sonoridade, com a banda reformulada e lançando o CD Delux. Os novos talentos que o acompanharam foram Sidney Hoo (bateria), Ricardo Parronchi (baixo e vocais) e Murilo Andreo (teclados). Juntos se apresentaram ao vivo em shows cada vez mais empolgantes, recheados de novidades e de sucessos, causando, no seu crescente público, irresistível vontade de dançar. “Explode o Amor” e “Dê”, músicas do Cd Delux foram muito bem aceitas.

Para o final de 2010 Deluqui, lança o single “Eu só te quero do meu lado” com a produção de Ray Z, atualmente um dos responsáveis pelo atual pop e rock gaúcho. Ray Z produziu os últimos singles das bandas Bidê ou Balde e Nenhum de Nós, emplacando os dois nas FM’s do sul.

Em 2011 a carreira do guitarrista é marcada novamente pela volta do RPM, com a gravação do novo álbum de estúdio “Elektra”. Faziam 23 anos que o RPM não gravava um álbum em estúdio. Em abril do ano passado fizeram alguns shows para esquentar. E finalizaram o ano com 70 apresentações pelo país.
Atualmente em paralelo ao RPM, Deluqui está lançando o EP Nau com cinco canções produzidas por Tadeu Patolla e Lampadinha. Dançarina o single já tem videoclipe rodando nas emissoras musicais e no you tube. Os shows ao vivo do Deluqui e A Sua Banda já estão rolando e as rádios de todo Brasil está executando a nova sonzera!!!